quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Por quê?


Por que tu é minha mãe?
Por que chove?
Por que eu tenho que dormir?
Por que eu tenho que tomar banho?
Por que a gente solta "pum"?
Por que a gente faz xixi?
Por que tu dirige?
Por que tenho que usar roupa?
Por quê? Porquê?

Ah, filha... Por que eu te amo tanto???

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Férias programadas



Eu trabalho o dia inteiro. Minha filha está de férias e fica com minha mãe.
É paparicada até dizer chega. E assim a gente vai levando...

No verão, minha mãe vai pra praia e volta só depois do carnaval. Foi sempre assim. Não posso (e não vou) privá-la disso, até porque sempre pude contar com a minha sogra. Nesse verão surgiu a hipótese da Bella ir com minha mãe e eu encontrá-la nos finais de semana.

Comecei a "pensar" em me acostumar com a idéia. Daí surgiram sensações e pensamentos do tipo: "minha filha (principalmente eu) precisa enfrentar desafios". Esse, o meu lado racional pensando, mas adivinha quem falou mais alto?

Meu lado emocional acha que não estou preparada para tão cedo enfrentar a "Síndrome do Ninho Vazio".
Como chegar em casa e não ganhar aquele abraço, ouvir aquelas histórias, comer a "comidinha" que ela faz?

Podem me chamar de louca, mas eu prefiro mão coruja. Podem dizer que eu sou um "grude", mas eu prefiro aproveitar enquanto eu posso. Já que não sei se no próximo verão eu conseguirei segurá-la embaixo da minha asa...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Aniversário

Parabéns para aquele que acha que refrigerante é água e que pirulito é fruta!
Felicidades para o Vô Geraldo, né filha?

domingo, 22 de janeiro de 2012

Quando criança


Filha,

Aproveite bem as pequenas coisas. Um dia você vai saber o quanto elas eram grandes.

Com amor,
Mãe

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

E essa tal felicidade...



O que se busca nessa vida? Ser feliz!

Tem gente que acha que só será feliz se comprar um carro novo, ter uma casa na praia, casar... E nem percebem o que acontece antes disso.

Não se tocam que muitas viagens legais podem acontecer com carro velho, não dão valor de quanta coisa gostosa acontece quando se aluga uma casa com a família (torcendo para que faça sol todos os dias!), esquecem de valorizar aquele friozinho na barriga que dá no início do relacionamento.

Eu consegui um carro novo, mas tenho tanta história quando não tinha um.. A casa da praia foi conquistada pelos meus pais, mas ainda lembramos quando íamos para o mar todos os dias pra poder aproveitar, antes que devolvessemos a casa alugada ao dono. E aquela indecisão de não querer namorar o meu marido, pois eu havia saído de um longo relacionamento... E hoje ele é o pai da minha filha!

A felicidade é simples.

É chocolate na TPM, um abraço da minha filha, um elogio, ter saúde, um chimarrão no Parcão enquanto a filha se diverte, festa de criança, ler na rede, risadas de fotos antigas, encontro com meus irmãos, chuva, filme e cama, dormir abraçado, etc.

Simples assim.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Elogie do jeito Certo



Recentemente um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, mas que as crianças executariam sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.

O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta que você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!” ... e outros elogios à capacidade de cada criança.

O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou na tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!” ... e outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.

Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Elas não eram obrigadas a cumprir a tarefa, podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de consequência.

As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.

A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustração de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso pode modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente”.
As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Nós sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obterem a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.

No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas.

Não se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, focados no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim.

Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nossos filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “parabéns meu filho por ter dito a verdade apesar de estar com medo... você é ético”, “filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído como algumas colegas fizeram... você é solidária”, “isso mesmo filho, deixar seu primo brincar com seu video game foi muito legal, você é um bom amigo”.

Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e reforçam o comportamento da criança que tenderá a repeti-los.  Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.

Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual. “Que linda você é amor”, “acho você muito esperto meu filho”, “Como você é charmoso”, “que cabelo lindo”, “seus olhos são tão bonitos”.

Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos, nem em atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”.
Quando adultos, não terão desenvolvido resistência à frustração e a fragilidade emocional estará presente.

Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.

Que nossos filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.

* Marcos Meier é psicólogo, professor de Matemática e mestre em Educação. Especialista na teoria da Modificabilidade Estrutural Cognitiva de Reuven Feuerstein, em Israel. Também conhecida como teoria da Mediação da Aprendizagem.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pérolas



Filha: Mãe, por que eu tenho olhos?
Mãe: Pra enxergar.

Filha: Mãe, por que eu tenho perna?
Mãe: Pra andar.

Filha: Mãe, por que eu tenho barriga?
Mãe: (...) Pra guardar a comida que tu come. (Foi o que veio na hora.)

Filha: Mãe, por que eu tenho braço?
Antes que eu penssase na resposta, minha pequena me deu um abraço e respondeu: "Pra te abraçar..."