Outro dia dos pais, sem o meu.
O homem que me ensinou o que é certo e errado, me deu liberdade (até demais, eu diria), pagou minha faculdade, minha ginástica e o meu inglês.
O homem que comprou uma casa grande na praia porque queria todos lá. Que colocava apelido em todo mundo (coitados dos "agregados" da família).
O homem que fazia a gente rir e nos tapava de noite. Que tomava cerveja comigo.
O homem que cogitou a idéia de não ensinar a minha irmã a caminhar, pois ela era a caçula e não queria que ela crescesse. O que ia pra rua passar algo na janela de veneziana para meu irmão se assustar (no bom sentido) e dormir.
O homem que gritava, prometia que ia nos bater e nunca batia. Quem me destapou quando eu nasci pra ver se tinha os pés parecidos com os dele.
O homem com quem eu disse que ia casar.
Domingo eu comemoro com os pais dos outros, mas sem esquecer do meu.
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